terça-feira, 6 de maio de 2014

Influências da oralidade na escrita

Olá! Minha nova postagem falará sobre a matéria da aula de 05 de maio: as influências da oralidade na escrita, como o próprio título diz. Mas o que seria isso? Nada mais é do que escrever da forma que se fala. Mas Talita, a gente já não faz isso naturalmente? Bom, sim, mas as reais influências acontecem quando você escreve “erroneamente” (entre aspas só para reafirmar o que foi dito na minha postagem anterior sobre a Sociolinguística: não existe o “falar errado”, mas sim o falar de acordo com o contexto da sua variação linguística).

Ok, vamos colocar isso em um exemplo prático:

A frase “vou para casa estudar” está escrita corretamente, mas levando em consideração a forma em que ela for dita, pode-se escrever “vô prá caza istudá”. Aí está a influência da oralidade: no momento em que ignoram-se as regras da gramática prescritiva, levando em consideração só o seu conhecimento internalizado.

Mas por que isso acontece? Bom, não precisamos ir muito além para achar um “culpado”, é só pensar em como a leitura e a escrita estão desvalorizadas hoje em dia, e ensina-se muito mais a falar e expressar-se oralmente da forma correta, esquecendo-se também de que saber ler e escrever também é uma chave para poder falar com considerável rebuscamento.

E as influências da oralidade não estão somente no caso de escrever “foneticamente”, mas também usar formas de expressão que são usadas comumente quando se fala para poder ser melhor compreendido, como nos exemplos a seguir:

  • Repetição:
Eu gosto da escola porque na escola eu vejo os meus amigos.”


  • Falta de conjunções:
“Preciso comprar os livros. Estes são os livros da prova.”


  • Excesso e/ou falta de sinais de pontuação:
“Bom... é... por onde começar? Então... estou muito feliz por estar aqui e...”
“As vezes eu acho que não tem ninguém no mundo mas aí eu vejo que eu to sem aula e não saio de casa”.

Uma das possíveis soluções para esse impasse ortográfico seria ensinar desde cedo que tanto a fala quanto a escrita são importantes na comunicação, dando ênfase similar à elas na escola; e, ao contrário do que dizem, a Língua Portuguesa não é escrita na forma exata em que se fala (ou teríamos também diversas variantes, levando em consideração os sotaques). Para os que já passaram da fase escolar, uma dica é a leitura, já que, salvo casos de licença poética, os livros são escritos na norma padrão do Português e também torna-se mais fácil de aumentar o vocabulário, já que as palavras estão melhor contextualizadas.

Vale sempre lembrar que também deve-se levar em consideração o contexto em que você irá transmitir a mensagem, para poder escolher entre a variação formal ou informal para não falar sério demais onde não é necessário, ou acabar falando alguma gíria no ambiente de trabalho :D

Um beijo!

~Talita

domingo, 4 de maio de 2014

Museu da Língua Portuguesa

Localizado na cidade de São Paulo no histórico Edifício Estação da Luz, foi concebido pela junção da Secretaria da Cultura Paulista com a Fundação Roberto Marinho.
Inaugurado em uma Segunda-Feira de 20 de Março de 2006, o museu abriu as portas para o público no dia seguinte.


O Museu tem o intuito de criar um espaço vivo sobre a língua portuguesa, dedicado a valorização e difusão do nosso idioma, apresentando uma forma expositiva diferenciada das demais instituições museológicas do mundo, usando a tecnologia de ponta e recursos interativos para a apresentação de seus conteúdos.

Os principais objetivos do museu são:
- mostrar a língua como elemento fundamental e fundador da nossa cultura;
- celebrar e valorizar a Língua Portuguesa, apresentando suas origens, história e influências sofridas;
- aproximar o cidadão usuário de seu idioma, mostrando que ele é verdeiro "proprietário" e agente modificador da Língua Portuguesa;
- valorizar a diversidade da Cultura Brasileira;
- favorecer o intercâmbio entre os diversos países de Língua Portuguesa;
- promover cursos, palestras e seminários sobre a Língua Portuguesa e temas pertinentes;
- realizar exposições temporárias sobre temas relacionadas à Língua Portuguesa e suas diversas áreas de influência.








Praça da Luz, s/n - Centro
Horários de Funcionamento: Terça a Domingo, das 10h às 18h.
Bilheteria: 10h às 17h
Preço: R$ 6,00 (Inteira)
R$ 3,00 (Meia)
Grátis para crianças até sete anos, idosos, pessoas com deficiência (a gratuidade é estendida para um acompanhante) e Professores da Rede Pública. Sábado o ingresso é gratuito para todos os visitantes.
www.museudalinguaportuguesa.org.br


*Lembrando aos alunos de Letras, a visita ao museu conta como horas nas atividades complementares.


Por: Luana Pereira

sábado, 3 de maio de 2014

Diferença entre a Fala e Escrita

Olá pessoas! 
Tudo bem com vocês?

Então, na nossa última aula a professora de Teorias do Texto passou por e-mail a Segunda Unidade de Teorias do Texto onde há considerações sobre a Fala e a Escrita e o ponto de vista de alguns autores, como Marcuschi e Koch, sendo assim, meu post dessa semana será sobre a diferença desses dois tópicos.
Espero que gostem :) 


Diferença entre a Fala e Escrita
O que acontece muito em dissertações é a tentativa de aproximar a escrita da fala. No entanto, apesar de utilizarem o idioma como maneira de expressão, são elementos distintos.

Quando a fala infiltra na escrita ocorre o aparecimento de ideias confusas no texto, da prolixidade, do coloquialismo, de jargões, de expressões genéricas, da falta de pontuação adequada, dentre outros problemas.
Vamos, então, diferenciar fala de escrita, a fim de que possamos ficar mais sensíveis na utilização de cada uma:
Fala: O emissor utiliza o vocabulário para falar, mas ele também pode se respaldar em outros códigos linguísticos, como: entonação de voz, gestos, interação com o meio, reações diversas, especialmente com a face. Além disso, a tendência ao falar é de repetir as ideias, no intuito de reforçar seu ponto de vista para o ouvinte. Não há também a preocupação exacerbada em se colocar todos os acentos e vírgulas nos devidos lugares, mesmo porque a entonação é quem faz o papel de transmitir o significado almejado.
Escrita: O emissor baseia-se no vocabulário que irá estabelecer a comunicação entre ele e o destinatário. Além disso, e diferentemente da fala, a escrita exige uma preocupação maior, pois a informação passada não se apagará com o tempo, mas poderá fixar-se por tempo indeterminado. Um exemplo disto é a carta de Pero Vaz de Caminha sobre o descobrimento do Brasil, considerado documento histórico ou a Bíblia que relata o início e o fim dos tempos.
Por isso, há a necessidade de se fazer a distinção entre as duas partes da linguagem: oral e escrita! Uma não deve se fundir à outra, a não ser que seja característica da personagem de uma narrativa.


Bibliografia:
 http://www.mundoeducacao.com/redacao/fala-escrita.htm

Gustavo Carvalho;*