Olá! Minha
nova postagem falará sobre a matéria da aula de 05 de maio: as influências da oralidade na escrita,
como o próprio título diz. Mas o que seria isso? Nada mais é do que escrever da
forma que se fala. Mas Talita, a
gente já não faz isso naturalmente? Bom, sim, mas as reais influências acontecem quando você escreve “erroneamente”
(entre aspas só para reafirmar o que foi dito na minha postagem anterior sobre
a Sociolinguística: não existe o “falar
errado”, mas sim o falar de acordo com o contexto da sua variação linguística).
Ok, vamos
colocar isso em um exemplo prático:
A frase “vou para casa estudar” está escrita
corretamente, mas levando em consideração a forma em que ela for dita, pode-se
escrever “vô prá caza istudá”. Aí
está a influência da oralidade: no momento em que ignoram-se as regras da gramática prescritiva, levando em
consideração só o seu conhecimento internalizado.
Mas por que
isso acontece? Bom, não precisamos ir muito além para achar um “culpado”, é só
pensar em como a leitura e a escrita estão desvalorizadas hoje em dia, e
ensina-se muito mais a falar e expressar-se oralmente da forma correta, esquecendo-se também de que saber ler e escrever também é uma chave para poder falar com considerável
rebuscamento.
E as
influências da oralidade não estão somente no caso de escrever “foneticamente”,
mas também usar formas de expressão que são usadas comumente quando se fala
para poder ser melhor compreendido, como nos exemplos a seguir:
- Repetição:
“Eu gosto da escola
porque na escola eu vejo os meus amigos.”
- Falta de conjunções:
“Preciso comprar os livros. Estes
são os livros da prova.”
- Excesso e/ou falta de sinais de pontuação:
“Bom... é... por onde começar?
Então... estou muito feliz por estar aqui e...”
“As vezes eu acho que não tem ninguém
no mundo mas aí eu vejo que eu to sem aula e não saio de casa”.
Uma das
possíveis soluções para esse impasse ortográfico seria ensinar desde cedo que tanto a fala quanto a escrita são importantes na comunicação, dando ênfase similar à elas na escola; e, ao contrário do que dizem, a Língua
Portuguesa não é escrita na forma
exata em que se fala (ou teríamos também diversas variantes, levando em
consideração os sotaques). Para os
que já passaram da fase escolar, uma dica é a leitura, já que, salvo casos de licença poética, os livros são
escritos na norma padrão do Português e também torna-se mais fácil de aumentar
o vocabulário, já que as palavras estão melhor contextualizadas.
Vale sempre
lembrar que também deve-se levar em consideração o contexto em que você irá transmitir a mensagem, para poder escolher
entre a variação formal ou informal para não falar sério demais
onde não é necessário, ou acabar falando alguma gíria no ambiente de trabalho
:D
Um beijo!
~Talita