sábado, 12 de abril de 2014

Fase da Teoria do Texto

Olá amantes da língua portuguesa! 

Gente o nosso blog está crescendo e está ficando divino, estou ficando orgulhosa de ver. Parabéns a todos nós pessoal! Avante sempre.

Bom, como o meu post da semana eu resolvi ressaltar um pouquinho o tema do post passado escrito pela nossa colaboradora MA-RA-VI-LHO-SA Giovanna Pistoresi, onde ela especificou o que era texto e não texto e seguir falando da 3ª fase da linguística: a Teoria do Texto.

Só lembrando...

texto: é uma sequência linguística coerente entre si.
não texto: uma sequência linguística incoerente entre si.

Na Gramática Textual o texto era considerado uma estrutura pronta e acabada. Porém, consideravam não texto as produções que "ferissem" algum(ns) dos sete fatores da textualidade:

1) Coerência
2) Coesão
3) Aceitabilidade
4) Informatividade
5) Situacionalidade
6) Intertextualidade
7) Intencionalidade

3ª fase da linguística: Teoria do Texto 




Nessa nova fase da linguística, a noção de texto é completamente revista: o texto deixa de ser visto como um produto formal pronto e acabado e passa a ser entendido como um processo em funcionamento. Também houve a desconsideração da possibilidade do não texto, já que era ilógico conceber uma sequência linguística entre si. Se há uma sequência linguística certamente haverá também uma lógica. Afinal, é possível encontrar textos precários, incompletos, lacônicos e que não perdem o seu estatuto de texto por isso. Então, desde que uma sequência linguística faça sentido para alguém já será um texto.

Por exemplo, se considerarmos um gênero textual bastante informal e corriqueiro, mesmo que escrito, o "recado de geladeira". Imagine que uma moça que mora com a mãe, escreva o seguinte recado de geladeira:

"Mãe, deixei o Lucas na creche agorinha. Volto na próxima segunda. Beijo, Luíza."

É possível que algum purista que analise esse texto o julgue incompleto, lacônico, mal-estruturado por falta de referências... Entretanto, considerando o funcionalismo social deste gênero, a situação comunicativa que o envolve. os possíveis interlocutores/falantes que dele se utilizam para estabelecer uma comunicação etc, vemos que é um texto absolutamente possível, funcional e suficiente. A "mãe", interlocutora/leitora do texto, sabe muito bem que é sua filha, a irmã do "Lucas" quem escreve, sabe que "Lucas" é uma criança pequena e por isso ainda vai à creche, que "agorinha" significa, por exemplo, de manhã, horário natural em que se deixam as crianças na creche e ainda sabe quando vai ser a "próxima segunda", dia em que a filha vai voltar para casa. Não é preciso acrescentar nada.

Agora, imagine como seria esquisito e impróprio um "recado de geladeira", nessa mesma situação comunicativa, que trouxesse todas essas informações implícitas sem a mínima necessidade de sua presença:

"Prezada senhora Marilda Pinheiro, eu, sua filha Luíza Pinheira, 24 anos, residente deste mesmo domicílio, informo solenemente que entreguei o seu filho Lucas Pinheiro, meu irmão caçula, as 7h da manhã do dia 10 de outubro de 2010. Informo ainda que estou viajando a trabalho para belo Horizonte e tenho meu regresso datado para a próxima segunda-feira, dia 18 de outubro de 2010. Sem mais para o momento, firmo-me: Luíza Pinheiro."

Para entender melhor...

Nessa fase o texto passa a ser concebido como:

  • uma atividade verbal, consciente e interacional entre falante/ouvinte - leitor/leitor;
  • um conjunto de operações linguísticas e cognitivas e reguladoras e controladoras da produção, construção, funcionamento e recepção, seja de natureza escrita ou formal;
  • um processo com atividades globais de comunicação - planejamento, verbalização e construção; Sua organização envolve a coesão ao nível dos constituintes linguísticos, a coerência ao nível semântico e cognitivo e o sistema da pressuposições e implicações ao nível pragmático da produção, no plano das ações e intenções dos falantes;
  • enfim, um ato de comunicação unificado num complexo universo de ações humanas, preservando a organização linear que é o tratamento estritamente linguístico (coesão) e, considerando a organização reticulada ou tentacular, não linear (coerência - sentidos e intenções), no aspecto e nas funções pragmáticas.

Achei super prática essa fase e vocês o que acharam? Não deixem de comentar!

Abraços apertados,
Ge Toledo


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