Olá! Eu sou
a Talita e (chegando
atrasada) minha
primeira postagem falará sobre um dos conceitos da Linguística Estrutural de Saussure: a Sociolinguística. Tema este que me interessou muito e foi
primeiramente abordado na nossa primeira aula de Teorias do Texto, em 10 de
março, e retomado na nossa revisão pré-prova, em 31 de março.
O conceito
geral de Sociolinguística, resumidamente, é: o estudo da relação entre a língua e a sociedade, concentrando-se em
especial na variabilidade social da língua (Fonte: Infopédia). Mas como
exemplificar isso? Pensemos, primeiramente, nas várias comunidades existentes
no mundo. Sem dúvida, a língua é o
instrumento mais utilizado por estas comunidades e, como as mesmas são heterogêneas, multifacetadas e sujeitas a constantes
modificações, a língua sofre, interna e externamente, a influência dessas mudanças, conservando apenas a sua estrutura básica. (Fonte: Caputo,
Ângelo Renan A. "SOCIOLINGUÍSTICA – A LÍNGUA E SUAS VARIAÇÕES.")
Agora vamos
trazer esse exemplo para a nossa realidade, pensando no nosso idioma: a Língua Portuguesa. São inegáveis as inúmeras variações que ela tem, todas
de acordo com a comunidade e a prática social que a utiliza. Nisso, há alguns
subtópicos para explicá-los: as variedades
linguísticas.
- Dialeto: a variação de
acordo com o local.
Ex.: a macaxeira do nordeste, que é a mandioca
do sudeste.
- Socioleto: a variação de
acordo com a subcultura falante.
Ex.: para os funkeiros, zica é algo muito bom ou muito bonito,
enquanto seu significado comum é má sorte.
- Cronoleto: a variação de
acordo com a faixa etária ou a geração.
Ex.: o pão de antigamente, que é o gatinho
de hoje em dia.
- Etnoleto: a variação de
acordo com a etnia.
Ex.: o axé de boa sorte dos candomblecistas.
- Idioleto: a variação da
língua para cada indivíduo.
Ex.: o uso de “c’mon, kids!” pelo famoso Supla. Às vezes pode ser imortalizado
como apelido, como o uso de “tchê”
por Ernesto Guevara, que originou seu famoso apelido “Che”.
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O personagem Jackson Five, O Motoboy, do humorista Marco Luque, que ironiza as gírias paulistanas. |
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Chico Bento, de Maurício de Sousa, que fala o dialeto capiria, característico do interior da região sudeste. |
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Cebolinha, também de Maurício de Sousa, que tem o tique de trocar a letra R por L. |
Mas como vimos no comecinho do texto, as comunidades são heterogenias e estão sempre sofrendo constantes mudanças, não diferente com a língua. Se já estamos deixando de lado o preconceito com a miscigenação étnica e cultural, porque não deixar de lado o preconceito contra a “miscigenação linguística”? Pensem nisso :D
Um beijo!
~Talita
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